Um assunto importante e urgente a ser discutido, para nós profissionais e estudiosos da Análise do Comportamento é a Ética para os procedimentos dentro de uma intervenção. Precisamos entender esses princípios éticos que norteiam a prática da ABA (Análise do Comportamento Aplicada). Um dos temas centrais é o consentimento informado, um processo ético crucial para garantir que os serviços sejam prestados de forma transparente e respeitosa, assegurando os direitos dos clientes e das suas famílias.

O consentimento informado é um dos pilares da ética na ABA. Podemos destacar que o profissional deve fornecer informações de forma clara e acessível, utilizando uma linguagem simples, sem jargões técnicos, para garantir que os pais ou responsáveis compreendam completamente as implicações da intervenção. Isso inclui explicar claramente osobjetivos do tratamento, os métodos empregados, a duração da intervenção, os custos envolvidos e os possíveis riscos. Além disso, os analistas do comportamento devem estar atentos ao contexto cultural e às preferências das famílias, adaptando a comunicação para respeitar essas particularidades.

> Por que o Consentimento Informado é importante?

O consentimento informado não é apenas um requisito legal, mas uma forma de garantir que as famílias tenham um papel ativo na tomada de decisões sobre o acompanhamento do caso. A transparência nas informações permite que os responsáveis façam escolhas fundamentadas, com pleno entendimento dos riscos e benefícios envolvidos. Ressalta-se que as famílias devem ter o direito de aceitar ou recusar a intervenção a qualquer momento, sem medo de represálias, o que reforça o respeito pela autonomia dos indivíduos e suas famílias. Além disso, o processo de consentimento não deve ser visto como algo único, mas contínuo, sendo revisado regularmente para garantir que qualquer alteração no plano de intervenção seja devidamente comunicada e compreendida pelas famílias. Reforçando a responsabilidade do analista em proteger os direitos do cliente e sua família, assim como a apresentação de alternativas quando existirem, são práticas fundamentais para manter a confiança e a integridade na relação terapêutica.

> Conclusões:

Ao discutir essas práticas de forma clara e objetiva, o analista do comportamento oferece uma estrutura que auxilia os profissionais a aplicarem o consentimento informado de maneira eficaz, respeitando a autonomia dos clientes e assegurando a ética e a transparência em todas as etapas do processo de intervenção. O consentimento informado, é, portanto, uma ferramenta essencial para a prática ética e responsável na ABA.

Referências:

Bailey, J. S., & Burch, M. R. (2016). Ethics for behavior analysts (3rd ed.). New York, NY: Routledge.

Autor do post:
Laryssa Bonifácio – Pedagoga, Psicopedagoga Clínica e Institucional e Coordenadora ABA da Clínica Incentivo