Incentive atividades com Reforçamento Positivo

Por exemplo, quando uma criança arruma o quarto e ganha um tempo extra com o brinquedo favorito, isso é um reforçador positivo. Esse tipo de incentivo faz com que a criança relacione a ação a algo bom, aumentando a motivação para repetir o comportamento no futuro.

Por outro lado, o reforçamento negativo ocorre quando a criança faz algo apenas para se livrar de uma situação incômoda. Imagine uma criança completando uma tarefa porque, se não o fizer, não poderá sair de casa ou evitará uma bronca. Ela acaba aprendendo a agir apenas para evitar o desconforto, o que não produz uma motivação duradoura. No final, a criança faz as coisas para evitar problemas, e não porque percebe valor nelas.

O objetivo é que as pessoas não apenas realizem suas responsabilidades, mas que se sintam bem ao fazê-las, entendendo o valor dessas atividades e incorporando-as de maneira natural e positiva em suas rotinas. Um ponto essencial nesse processo é que reforçadores positivos mais “artificiais” — como prêmios, brinquedos ou elogios — sejam retirados aos poucos. A ideia é que, com o tempo, completar as tarefas se torne algo naturalmente satisfatório para a pessoa.

Por exemplo, se uma criança recebe uma estrela toda vez que se veste sozinha, isso pode ser um ótimo motivador no início. Com o tempo, ao perceber que consegue se vestir sozinha e que isso traz elogios e facilita sua vida, a própria atividade passa a ser reforçadora — afinal, quem não gosta de se sentir capaz e independente?

O objetivo final é que as pessoas não precisem mais de recompensas artificiais. É importante que sintam orgulho de suas conquistas e que fazer a coisa certa seja uma fonte natural de satisfação e alegria.

Essa mudança não acontece da noite para o dia, mas, com paciência e carinho, é possível ajudar as crianças a desenvolverem mais autonomia e felicidade.

 

Esse texto foi baseado nas convicções do autor do post.

 

 

Autor do post:

Dr. Robson Faggiani – Analista do Comportamento, Psicólogo (CRP 13/8413), Especialista em Terapia Comportamental e Cognitiva, Mestre e Doutor em Psicologia Experimental, BCBA-D, QBA.

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